Estevamdelnero@gmail.com
14/02/2009, 01:41:24
Estevamdelnero@gmail.com
DENÚNCIA PUBLICADA NO SITE:
www.vitimas.com.br
FURTO DE BAGAGEM
DATA: 15/12/2008
ORIGEM: VENEZA - ITALIA
DESTINO: SÃO PAULO - BRASIL
VÔO: IB 6821
Saímos da Itália, pelo aeroporto de Veneza no dia 15/12/2008. Nossos
problemas já começaram no check-in. Estávamos de mudança para o
Brasil, e mandamos nossas coisas por via marítima. Entretanto
resolvemos carregar conosco, por via aérea como bagagem acompanhada,
nossos pertences de maior valor econômico ou sentimental, para evitar
ou reduzir o risco de perda ou extravio.
Estávamos com todas as bagagens dentro dos limites de peso e volume,
pois as fizemos somente após prévia consulta à Companhia Ibéria,
quanto às suas exigências para despacho. Não foi fácil acomodar as
coisas, diante dos limites que nos impuseram, mas fizemos a nossa
parte.
No momento do embarque, despachamos 08 malas grandes e mais 4 malas de
mão, pois a Ibéria havia decidido que não se poderia embarcar com
bagagem de mão, obrigando todos os passageiros a despachá-las, mesmo
que estivesse dentro do limite de peso e volume. Vi pessoas sendo
constrangidas nessa hora. Não importava a pessoa nem a bagagem. Fosse
quem fosse, de mulher grávida à pessoas idosas; de pessoas deficientes
à pessoas obesas; de crianças a adultos; quase que em uma verdadeira
caçada às malas de mão, os responsáveis pela Ibéria foram
implacavelmente encontrando problemas em TODAS as bagagens de todos os
passageiros, sem exceção. Vi o check-in de dezenas de pessoas antes de
mim, e TODOS tiveram problemas com a "nova" norma da companhia e com a
estupidez com que a funcionária encarregada de aplicar essas normas,
estava tratando as pessoas.
Vi malas feitas de pano, tipo sacolas, serem obrigadas ao despacho
pelo fato de não "entrarem facilmente" no gabarito que servia para
medi-las. Foi a maior estupidez que ouvi. A funcionária disse à
senhora de idade que portava aquela sacola, que só poderia embarcar a
sacola se ela entrasse como uma "luva" dentro do gabarito. Não
considerou que a sacola era flexível e muito, muito, muito inferior ao
volume daquele gabarito. Isso era visível, mas mesmo assim a pobre
senhora teve de despachar a sacola. Durante o vôo fiquei sabendo que
na sacola haviam remédios que a pobre senhora precisava, mas que já
não poderia mais tomar, até que o vôo chegasse ao Brasil.
Vendo tanta confusão se acumulando lá na frente do chek-in, acreditei
que comigo seria da mesma forma. Me senti no holocausto indo para a
câmara de gás de onde não escaparia com um tratamento urbano, pois a
encarregada de "examinar" as bagagens de mão não tinha a cultura para
lidar com seres humanos. Mas mesmo assim fui tentando me relaxar para
enfrentar tanto o conflito como o estresse, duas situações difíceis
mas naquele cenário, não inesperadas. Respirei e enfrentei.
Na minha hora, como de praxe, tive minhas bagagens de mão
"desapropriadas temporariamente", e obrigadas a serem despachadas. Eu
o fiz, e rezei para que chegassem e que chegando, estivessem inteiras.
Pena que não ocorreu isso. Muita coisa chegou quebrada.
As bagagens que eu já havia preparado para o transporte como bagagem
acompanhada, foram bem protegidas, todas trancadas com cadeados, com
fitas identificadoras de propriedade, ao menos uns 10 adesivos
escritos nosso número telefônico, e ainda TOTALMENTE revestidas por
filme plástico de alta resistência, e que pela transparência permitiam
a leitura de todas as etiquetas que eu havia escrito e colado por
todos os lados de cada mala.
No final do check-in, recebi 12 tickets, pelas 12 bagagens que
embarquei, 8 que eu previa e mais 4 que fui obrigado.
Partimos no horário, mas não com destino ao Brasil. Tivemos que fazer
conexão de Madrid, para depois seguir para o Brasil. Nessa conexão
vimos e ouvimos de tantos e tantos outros passageiros, as lamentações
por não estarem com suas respectivas bagagens. Uns por motivo de
saúde, outros por motivo de alimentos, outros por conforto (já que
ninguém ficou tirando fraldas, absorventes e cueiros de suas bagagens
de mão, para depois despacha-las). No estresse do check-in, e diante
do tratamento nazista que estava sendo dispensado aos passageiros,
muitos esqueceram de pegar até mesmo uma blusa ou agasalho adicional
ou da criança... foi um horror.
Depois de muito atraso em Madrid, quase 3 horas de atraso na conexão,
entramos no avião para vir ao Brasil. Não preciso dizer o tratamento
que tivemos a bordo, né? Acho que todo leitor já imagina o horror.
Horror do aperto entre as poltronas, o horror do avião velho, o horror
da comida servida a bordo, o horror do tratamento com descaso
oferecido pela tripulação, o horror da higiene dos banheiros, o horror
do cheiro interno da aeronave, enfim, horrores e mais horrores. Mas eu
não reclamo, pois pelo menos não passamos pelo horror de uma queda!
Parece humor negro, mas é assim mesmo que você pensa quando está
dentro de um avião depois de passar por todos os horrores de um mau
tratamento da companhia. Você fica rezando para o avião não cair, pois
parece que a viagem recebeu a famosa e temida "catiça".
Eu tive problema nos joelhos. Isso aconteceu por dois motivos. O
primeiro é que as poltronas, tão aproximadas umas das outras, quequeles que tem uma estatura superior a 1,80 m passam a sofrer com
suas pernas, pois não têm onde colocá-las ou esticá-las. Segundo que,
pelo motivo da falta de espaço, meu joelho ficou meio que para fora do
limite da poltrona, e por 04 vezes, os brutos funcionários da
companhia, empurrando aqueles famigerados carrinhos dentro do avião,
abateram meu joelho com força e estupidez. Ainda estou com seqüelas
daquelas pancadas pouco gentis. Digo ainda, que nem mesmo um pedido de
desculpas pela estupidez, eu recebi.
Chegando ao Brasil, desembarcamos e nos dirigimos para as esteiras de
bagagem. Estava um caos. Eram duas esteiras emendadas e centenas de
pessoas de vários vôos, como formigas em um formigueiro, tentando
pegar suas respectivas bagagens. As bagagens caíam das esteiras,
ninguém as recolhia, ficou uma bagunça.
Passada uma meia hora na espera, algumas bagagens do nosso vôo
começaram a aparecer. Também apareceram funcionários da Ibéria,
separando algumas bagagens em um canto da sala de esteiras. Eu fiquei
curioso e fui perguntar o porquê, pois vi que estavam sendo separadas
e que não seriam recolocadas nas esteiras, trazendo aí o risco de uma
pessoa não localizar sua bagagem. Fiquei estupefato com a resposta. O
funcionário me disse que aquelas eram cerca de 180 malas que haviam
sido perdidas de um vôo que havia chegado uns 4 dias antes.
Eu falei, --- O quê??? Um vôo de 4 dias atrás e só agora as bagagens chegam?
Ele me disse que estava normal aquilo, e que se desse sorte, TODAS as
bagagens viriam, dizendo que a companhia estava sofrendo algumas
sabotagens em razão de não ter feito acordos salariais com seus
funcionários.
Disse que em Madrid boa parte da Companhia Ibéria estava fazendo
greve, e que alguém estava desviando as bagagens, mas que estava
ocorrendo furto também, pois muitas bagagens não apareciam mais.
Nessa hora mentalizei que isso não acontecesse com nossas bagagens,
mas infelizmente as probabilidades não nos poupou, e três (03) de
nossas 12 bagagens não apareceram. Foram perdidas, furtadas,
extraviadas, deterioradas, ou sei lá o quê, mas o fato é que não
apareceram.
Aconteceu com o Sr. Assis, que a sua bagagem foi trocada. Outra pessoa
pegou sua mala, e ele pegou a da outra pessoa. A bagunça era tanta,
que algumas boas dezenas de bagagens não apareceram, dentre elas,
algumas nossas.
Para piorar o fato, ainda algumas malas que chegaram, chegaram
quebradas pelos mal tratos aeroportuários. Os prejuízos nesse caso,
ficam estimados no valor da mala, mas e quando a própria mala não
aparece?
Ficamos na fila de reclamações de bagagens por mais de 02 horas, de
tanta gente e de tanto problema que eles tinham. Registramos nossa
perda e nossa indignação, e fomos para a casa da família, sem muitas
das coisas valiosas que havíamos colocado naquelas malas.
Depois de quase 01 (uma) semana, a Ibéria apareceu na nossa casa com
02 (duas) das 03 (três) malas. Casualmente, a mais valiosa delas não
apareceu!
Isso se deu no dia 15 de dezembro de 2008 e até agora, 12 de fevereiro
de 2009 não temos uma resposta da companhia. Cada hora que ligamos
para lá, somos mal atendidos e não nos dão uma solução.
A mala que nos furtaram, sim, nos furtaram, era a mais valiosa para
nós sob todos os aspectos. Nela possuíamos bens de alto valor que
estimo em cerca de 03 (três) mil euros, e o pior, mais de 10 (dez) mil
fotos da nossa família, tiradas nos mais de 60 mil km de estradas, em
viagens de férias com as crianças, que fizemos nos 02 anos que
permanecemos na Itália. Eram fotos das crianças na França, na Suíça,
na Áustria, na Slovênia, na Croácia e na Itália. Perdemos tudo
18/02/2011, 10:39:25
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